sábado, 5 de agosto de 2017

Por que esperar?...

Esperar para ser feliz? Esperar para curtir o prazer de viajar e degustar boa comidas e bebidas? Esperar para despertar o amor que está à sua volta? A hora é agora e basta nos despirmos da pressa, nos desligarmos das sufocantes redes sociais e abrirmos os olhos, sem pressa nem pretensões, para a beleza ao nosso redor. Esta é a dica preciosa do filme PARIS PODE ESPERAR (Paris Can Wait), escrito, dirigido e produzido por ELEANOR COPPOLA, de 81 anos, que se inspirou em uma experiência vivida por ela. Em sua estreia no cinema, a mulher do premiado diretor Francis Ford Coppola e mãe da talentosa Sofia Coppola, nos convida para um banquete cujo prato principal é a alegria de viver _ou joie de vivre, como cultivam os franceses. Uma coisa tão simples que está se tornando distante na correria, no estresse e nas banalidades da vida atual. Então, que tal degustar o suculento Baby Lamb (Carré d'agneau) assado na manteiga com cenouras tenras salgadas(foto acima)do jantar em Vienne, na Provença, de uma das cenas dessa saborosa comédia romântica?

A história de Coppola apresenta a bela americana Anne (deliciosamente interpretada pela atriz Diane Lane), que decide viajar de carro após o Festival de Cinema de Cannes para encontrar em Paris o marido, o produtor de cinema Michael (Alec Baldwin). Ela segue então com Jacques (Arnaud Viard), sócio francês do esposo, que não se pode chamar de um bom motorista. Mas é encantador e a apresenta às belezas e prazeres da França durante o percurso, que dura mais do que o previsto por causa das inúmeras paradas, especialmente para comer. Aliás, a comida é um ingrediente importante no filme. Por isso Eleanor convidou a amiga de longa data, a Chef MARIA HELM SINSKEY (na foto acima, ao lado da diretora e dos atores principais) para criar o menu de pratos que aparecem nas cenas. A ideia de Maria era evocar a paixão e o espírito da França.

Das batatas rústicas fritas na gordura de pato às beterrebas refinadas, tudo seduz o paladar em Paris Pode Esperar. Além de apreciar os lindos campos de lavanda em flor e parar para cheirar as rosas, Anne é gentilmente conduzida por Jacques a degustar estas e outras delícias, a exemplo do tartar de tomate, do dorade royale e do Sauvignon Blanc, entre outros vinhos finos. E quando Anne confessa seu vício gastronômico, chega a vez das sobremesas: Crème brûlée de chocolate com uma crosta de açúcar quebrada e Mamilos de vênus de chocolate (foto acima).

Esses são alguns dos pratos que "Brûlée" _apelido carinhoso que ganha o personagem de Diane Lane_ devorou ​​durante a viagem do sul da França até Paris. As refeições extravagantes só foram mostradas na telona através de algumas mordidas de cada personagem. Mas a atriz contou, em entrevista, que comia tudo com prazer mesmo depois que diziam "corta"!

A viagem de sete horas de carro se transformou em uma maratona de comida e bebida de dois dias, cheia de croissants, peixe crocante com batata e escargot. Em dado momento até um piquenique é improvisado numa bela paisagem, com direito a uma sortida cesta recheada com queijo envelhecido, baguetes, frutas e... vinho. 

Além do festival gourmet, vale mencionar também o figurino assinado por MILENA CANONERO, com roupas Emporio Armani e Prada. A figurinista italiana tem trabalhos realizados para o cinema, teatro e televisão nos Estados Unidos e já foi premiada quatro vezes com o Oscar de melhor figurino, sendo um por Carruagens de Fogo (Charriots of Fire, em 1981) e Maria Antonieta (Marie Antoinette, em 2006, de Sofia Coppola). As roupas são discretas, porém de grande qualidade, e vale ressaltar o charme à francesa do lencinho de seda no bolso do blazer usado por Jacques. Afinal, estamos falando de simplicidade e atenção ao que realmente importa na vida: a FELICIDADE. Que não pode _e não deve_ esperar.

Fotos Sony Pictures/Divulgação

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